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Mundos inabitáveis

De todos os possíveis mundos nos quais podemos conceber nossa existência, dois deles, pelo menos, são inabitáveis e de natureza hostil. Este pensamento, um tanto abstrato e filosófico, destaca a habilidade da nossa consciência em se descolar do tempo e do espaço, modular frequências e experienciar percepções diferentes de uma mesma realidade. A isto chamei “possíveis mundos”.

Esses deslocamentos e modulações são muito mais constantes do que pode parecer e com eles costumamos fazer frequentes viagens a esses dois mundos, os que chamamos de passado e de futuro.

São dois mundos inabitáveis, uma vez que neles não se pode permanecer, além de muito, muito hostis. São fontes de angústia, de ansiedade, de depressão. Raros são os momentos que viagens ao passado e ao futuro são feitas com sabedoria.

Normalmente se vai ao passado relembrar más lembranças e reviver más experiências. Ao futuro, normalmente se vai para plantar expectativas, muitas infundadas, gerando angústia e ansiedade aqui, no presente, o mundo do qual jamais deveríamos sair.

Viver o agora é profundamente desafiador e difícil, por isso uma dádiva. Viver o agora é conectar-se a uma fonte divina, é conectar-se consigo mesmo. É conectar-se com a própria existência, expressa em sua mais sublime plenitude.

Viver o agora é paradoxal: uma arte possível para todos ao mesmo tempo que impossível para a maioria.

Enfim… Este texto é apenas um marco, um ponto de partida para uma longínqua viagem, uma viagem de transformação e de esperança em direção ao centro da existência.

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A manifestação da ‘Triface’

Muitas são as formas de expressão da vida que procuro observar. Ainda que seja por uma mera tentativa. Dentre essas manifestações, uma batizei de Triface, uma manifestação recorrente no homem, para não dizer inerente a ele, e sobre a qual precisamos de clareza, discernimento e correção.

Tudo o que existe, manifesto ou não, existe em si mesmo, ou seja, independe da percepção ou vontade de outrem, e carrega sua essência no contexto da sua própria existência. Em resumo, as coisas simplesmente são o que são.

Diante de um observador, entretanto, as coisas ganham significados segundo a lente deste observador. A essência do que é observado, portanto, decai para dar lugar aos significados atribuídos. Temos, até aqui, a manifestação de duas faces.

A terceira face irá surgir na intenção do observador em lançar sobre o motivo observado alguma expectativa, boa ou não, real ou imaginária. Eis a manifestação da Triface: tudo é o que é em si mesmo, mas ganha significados segundo o observador e recebe dele uma missão. Em resumo, sempre que observamos ‘a’ tendemos a perceber ‘b’ e esperar ‘c’.

Uma profunda revelação para a consciência

Fazemos isso com coisas, situações, pessoas, lugares. Fazemos isso com a própria vida. Mais bem aventurado seríamos se conseguíssemos perceber as coisas e pessoas que nos cercam tais como são e sem delas esperar nada. Se assim fosse, a essência de cada manifestação comporia um banquete do qual nos fartaríamos com ricas e infindáveis experiências, conhecimentos e novas percepções.

Preferimos, em vez disso, nossas próprias lentes. Então vemos a tudo e a todos da mesma perspectiva, dia após dia, experienciando sempre mais do mesmo. Esta é a realidade da imensa maioria de nós.

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Sobre ser a última bolacha do pacote

Sobre ser a última bolacha do pacote, à primeira vista quando se toma o ditado popular como referência, conota uma ideia presunçosa sobre si mesmo: “fulano se acha a última bolacha do pacote”. Até que apresentemos essa ideia a um contexto mais filosófico, até pode ser. Depois que o fazemos, entretanto, a ideia se torna controversa. Afinal, fulano é a última bolacha do pacote e estarão todos na disputa por ele ou será que se tornou a última bolacha do pacote porque ninguém o quis?

No eixo deste assunto, se em uma de suas pontas está a ideia do desejo, na outra ponta estará o seu oposto. O quarto princípio hermético, o da polaridade, descreve muito bem essa questão. Então cuidado! Se você está se sentindo a tal bolacha, talvez você tenha ficado pra trás.

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O grande segredo dos resultados

Resultado, de uma forma ou de outra, é o que todos queremos em alguma área da vida. Alcançá-los, entretanto, é algo que ultrapassa o limiar do ‘querer’. Como diz o ditado popular: querer não é poder. Fato! Não se pode alcançar qualquer resultado pelo simplório ato do ‘querer’, mas pelo nobre ato do ‘fazer’. O grande segredo dos resultados está no apreço, no gosto e na motivação pelos processos, no gostar da caminhada, no ímpeto de dar o primeiro passo e de submeter-se aos demais, sejam eles quantos forem. Resultados, como o próprio nome diz, são resultados, ou seja, vêm depois e como consequência. Ora, então onde está a causa? Sim, está no processo, está na caminhada. Eis o segredo!

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O poder do ‘permitir-se’

Quando o assunto é desenvolvimento pessoal, nada, absolutamente nada é mais poderoso e transformador do que o permitir-se. De igual maneira, nada é mais limitante do que o não se permitir. É exatamente neste ponto que toda transformação começa… Ou não! Permitir-se não significa concordar, não significa aceitar, não significa compactuar, mas significa unicamente conhecer e experienciar. O concordar, o aceitar, o compactuar vem depois e deve passar pelo crivo de seus valores, propósitos e de sua inteligência racional. Para tanto, o permitir-se precisará ter existido primeiro. Se você busca por transformação, precisará passar pelo permitir-se. Do contrário, o máximo que experienciará será o que chamamos ilusão.

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A face da verdade é a vontade que nos faz seguir por entre as sombras

Já se vão 15 anos! Meus pensamentos, desde que me conheço por gente, sempre mergulharam em águas profundas, mas eu não sabia o que fazer com isso. Essa canção se chama Sombras do Mundo e chegamos a apresentá-la em um festival local chamado Mapa Cultural.

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Uma viagem transformadora

Olá! Meu nome é Fábio e é com grande responsabilidade que me encontro aqui, comigo mesmo, para escrever um pouco sobre mim mesmo. O escrever passa pelo pensar e o pensar se não for para ser feito com clareza, é melhor que não o seja. Logo, a responsabilidade a que me refiro diz respeito a pensar sobre mim mesmo. Preciso fazê-lo com clareza, ou do contrário será melhor parar, fechar esse notebook e ir pro sofá assistir televisão. Está ligada, por sinal!

Vamos lá! Sou do estado de São Paulo, natural da cidade de Pindamonhangaba e aqui me encontro há 44 anos: desde que nasci. Eu até poderia escrever sobre minha vida, mas não faria qualquer sentido a menos que eu fosse alguma figura “mitológica” para a qual tanta narrativa valesse a pena. Sim, tanta narrativa. Vivi muitas vidas [quero dizer que tive muitas fases].

Bem, o que importa é que minha principal área de atuação é a do desenvolvimento pessoal integrado: corpo, mente e espírito. Como um cristão, adepto da sabedoria milenar, fortemente inclinado à metafísica e absolutamente convicto da conspiração da Matrix, atuar com desenvolvimento pessoal desconsiderando ou o corpo, ou a mente ou o espírito seria como tentar navegar sem os lemes.

De tudo o que preciso e quero destacar, talvez o ponto principal seja o fato de que o desenvolvimento pessoal chegou em minha vida porque em dado momento eu cansei de mim mesmo, cansei de uma versão corporal, mental e espiritual que não manifestava princípios de vida através da minha existência. Logo, eu apenas existia, mas a vida não existia em mim.

Então eu cansei de existir. Mais ainda: cansei de ficar procurando uma razão que pudesse fazer a vida valer a pena e comecei a compreender que a valia da vida estava, e está, intrínseca a ela mesma. Em certo momento olho para mim e digo: “por que você não vive? Não percebe que o ‘valer a pena’ da vida é tão natural quanto o ar que você respira? Respire a vida, portanto. Apenas respire a vida”.

Aqui foi o começo. É evidente que muitas águas rolaram desde então, mas o fato é que quando retornei à superfície uma nova vida estava à minha frente. Naquele momento, percebi e descobri que aquela nova vida sempre existiu dentro de mim e eu apenas a sufocava em favor de viver uma superficialidade exterior para a qual eu precisava, constantemente, buscar atribuir algum valor.

Bem, chegamos aos dias atuais. Eu sou o idealizador e criador da Metodologia genFrame, uma metodologia bastante nova e pouquíssimo conhecida que vem como consequência de uma transformação pessoal profunda e legítima, e possível de ser replicada. Minha iniciativa em materializá-la vem justamente deste aspecto, o da replicação.

Quando percebi que minha transformação pessoal podia ser ensinada, passada adiante, uma forte inquietação me sobreveio e senti que algo precisava ser feito. Como professor e pesquisador, músico e compositor, coloquei-me em rota de compor e orquestrar uma sinfonia para a vida, uma canção que de alguma forma pudesse ressoar no coração, na mente e no espírito de pessoas interessadas e comprometidas consigo mesmas.

Nascia então uma metodologia que eu batizara de ‘genFrame’. Atualmente, após revisões, essa metodologia se transformou em uma mentoria rebatizada para CORES, um acrônimo para ‘Comunicação Responsiva’.

Os impactos dessa abordagem são tão profundos e transformadores que meu único anseio é que as pessoas certas possam descobri-la e que possam, assim como eu tive esse privilégio, compreender onde está ancorada a essência da vida, libertando-se da verdadeira Matrix e encontrando-se consigo mesmas.

A verdadeira Matrix não está fora, mas está no coração do homem. É como uma lente de realidade pela qual um dia todos fomos doutrinados a olhar. A verdadeira liberdade, entretanto, está ao lado, muito mais perto do que se pode imaginar. A distância entre o cativeiro e a liberdade é apenas o tamanho do meu desejo por um ou pelo outro.

A princípio, é só uma questão de escolha. A jornada, claro, não é fácil. É dura, é desafiadora, é dolorosa, mas é alcançável. Você já parou para pensar quanto esforço você é capaz de fazer por sua própria liberdade? Quando eu descobri o que posso alcançar após cada desafio, parei de me importar com a dor. A liberdade é um bem para o qual nenhum valor se pode atribuir; e apenas quem vive essa verdade pode compreender o que ela significa.

Para encerrar, já que esse artigo é sobre mim mesmo, quero afirmar [a mim mesmo] que o verdadeiro sentido da vida está na busca incansável e incessante pela liberdade, a liberdade do corpo, da mente e do espírito, porque quando corpo, mente e espírito se libertarem, verdadeiramente eu serei livre e só então poderei sentir a vida fluir em plenitude sobre minha própria existência.

fabio.R²